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Tudo o que você precisa saber para escolher a melhor cloud para a sua empresa!

Presente no mercado há cerca de uma década, o cloud computing representa hoje o básico de cuidado que temos com nossos arquivos. Praticamente tudo que consumimos e produzimos no mundo virtual está na nuvem: as fotos no Google Drive, as músicas no Spotify, os filmes da Netflix. Ter uma mídia com uma série, um pen-drive de back-up ou até mesmo um CD está cada vez mais no passado e a ideia de ter nossos dados num servidor sabe-se lá onde já não é tão absurda como era há anos atrás.

Para uma empresa, o uso de cloud computing vai muito além da forma como se consome conteúdo. Peguemos o exemplo da matéria que publicamos semana passada, sobre Contratos Digitais. Ele gera economia para a empresa por não haver mais necessidade de um espaço físico como arquivo. Basta que ele fique armazenado num servidor externo. Na nuvem.

Ter em mente essa necessidade é apenas o primeiro passo na decisão de contratar um serviço de cloud. Porém, a ideia de trazer um pouco mais de tecnologia ao negócio também deve ser um ponto para ser levado em consideração, conforme apontou o especialista em analytics e inovação da Boa Vista SCPC e professor dos MBAs de Gestão de TI e Data Science da Live University, Júlio Oliveira.

“A gente pode citar vários argumentos para dizer por que o cloud é importante, mas têm dois que eu gosto de focar. O primeiro é que todos os dias surgem novas tecnologias, maneiras diferentes de a gente resolver situações cotidianas, com diferentes skills, tecnologias ou plataformas. Quando você contrata um serviço de cloud bem estruturado, que te ofereça vários serviços sem você ter que se preocupar com a manutenção ou configuração da plataforma, você melhora a sua velocidade de adaptação às novas tecnologias. Com isso, empresas pequenas podem entrar na mesma plataforma de uma empresa grande, isso que é legal!

A segunda justificativa é ter um cenário em que aconteça uma mudança de tecnologia. Caso você tenha um bom serviço de cloud, que atenda às suas necessidades, você quase que automaticamente já tem essa nova tecnologia ao seu dispor”, afirma Júlio.

Em se tratando de soluções empresariais, existem opções muito mais sofisticadas que serviços básicos para o usuário comum, como o Google Drive, o One Drive ou o Dropbox. E é importante que a empresa saiba qual é a sua necessidade ao escolher entre as opções disponíveis no mercado.

“A primeira coisa que a empresa precisa ter em mente é escolher o fornecedor e o serviço de cloud. É muito bom olhar para a sua equipe e ver com quais plataformas eles têm afinidade, mais experiência de trabalho. O segundo ponto a ser avaliado são as políticas de segurança, se aquele fornecedor está alinhado com as estratégias da empresa. E o terceiro ponto é você avaliar se a estratégia do fornecedor está alinhada à estratégia da sua empresa, quais foram os serviços lançados por ele, para qual linha ele está caminhando”, sugere Julio.

Hoje, vamos apresentar quais os sistemas mais utilizados e qual a melhor metodologia pode ser empregado em seu negócio. E se você quiser se aprofundar mais nestas questões mercadológicas que envolvem o uso da tecnologia numa empresa, conheça o workshop de Planejamento e Gestão de Budget de TI da escola eBusiness. Durante dois dias de treinamento, vamos te mostrar como definir prioridades no orçamento e como otimizar os gastos para conseguir fazer mais com menos. Confira informações sobre o curso aqui!

IaaS, PaaS ou SaaS?

Apesar de essas três siglas serem bem parecidas, elas são bem diferentes entre si e uma agrega valor à outra. IaaS significa “Infraestrutura como Serviço”e significa que a empresa está adquirindo apenas o servidor, como no caso de um data center. Já o “PaaS” é a “Plataforma como Serviço”, que é quando adquirimos um serviço que nos permite a configuração e a personalização conforme a necessidade do cliente. Por fim, há o SaaS, que é o “Software como Serviço”, onde é possível fazer tudo já dentro do ambiente do cloud, como o Google Docs.

Para exemplificar de uma forma bem simples como cada um funciona, Júlio Oliveira compara cada um desses formatos à forma como nos locomovemos pelas cidades:

“Seu servidor é o seu carro, que se der algum problema, você precisa se virar para arrumá-lo, levá-lo ao mecânico. O IaaS funciona como um carro alugado, que quando surge algum problema, você precisa apenas reportar à operadora contratada. Nesse pararelo, o PaaS é como um táxi, em que você fala onde você e você tem um certo controle sobre as configurações, sobre como você quer o ar condicionado, qual rádio você quer ouvir. Já o SaaS é aquele serviço que você vai simplesmente consumi-lo. A gente compara com um ônibus, não no ponto de vista de qualidade de serviço, mas na ideia de que ele me leva para algum lugar, mas sem muito controle sobre como eu quero que a viagem seja”.

Privada, pública ou híbrida?

Depois de escolhido o tipo de serviço que mais se adeque às suas necessidades, é hora de escolher qual a infraestrutura que é mais recomendada para você.

Os três modelos mais conhecidos são a nuvem pública, privada e híbrida. A nuvem pública é a mais popular. De um modo geral, você paga pela capacidade de Gbs ou Tbs que necessita. Porém, todo o ambiente de acesso é comum a todos os usuários, basta ter acesso à internet. É semelhante aos populares Google Drive e Dropbox, e costuma ser escolhida por pequenas e médias empresas, que não dispõe de grandes investimentos em TI.

Já a nuvem privada é contratada para ser exclusiva. Ao contratá-la, você terá todos os benefícios da nuvem pública, com a diferença de ser planejada para/executada por apenas uma única empresa. Costuma ser bem útil para grandes empresas, que precisam dividir informações entre as filiais ou realizar transações financeiras e que necessitam de um maior controle e rigidez interno.

Segundo dados divulgados pela IBM, apenas 20% dos dados do mundo são públicos. Os outros 80% são dados corporativos, hospedados em servidores privados por trás dos firewalls de organizações e instituições. Esses dados provem de operações, cadeias de suprimentos, clientes e são cheios de conhecimento.

Apesar dos dados da IBM, Júlio indica que a contratação de nuvens públicas é muito mais comum atualmente: “A grande vantagem é que eles oferecem ao usuário comum algo simples, que qualquer pessoa pode ir lá e usar com seu email para começar a utilizar. A escolha entre a pública e a privada depende da estratégia de informação. Está muito relacionada com a forma com a qual você quer estruturar seus dados e onde você quer deixar esses dados”.

Há também a nuvem híbrida, que surge como uma união dos dois modelos anteriores. A empresa pode contratá-la para armazenar seus dados mais importantes numa nuvem privada e aqueles de menor sensibilidade numa pública, usando dos benefícios de cada um num único serviço. Para o professor da Live University, esta é a grande tendência do mercado de cloud computing:

“Quando falamos de nuvem híbrida temos uma combinação entre utilização de nuvem pública e privada. Além disso, uma grande tendência desse mercado é a utilização de vários fornecedores ao mesmo tempo. Esse movimento já é possível de ser acompanhado pela estratégia de grandes fornecedores como Google, Microsoft e Amazon, que estão lançando cada vez mais produtos que permitem comunicação entre as plataformas concorrentes. Isso dá ao cliente o poder de escolher qual fornecedor é o ideal para cada situação.”, afirma Júlio.

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