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Quer saber o que rolou na 14° Maratona de Supply Chain? Vem conferir o que foi destaque!

Perdeu a nossa 14° Maratona de Supply Chain? Que pena! Mas fique tranquilo, não vamos te deixar de fora do que aconteceu durante os dois dias de evento. Se você foi nesta edição, aproveite o texto para relembrar tudo que rolou! Confira com a gente quais foram os highlights :)

O evento começou e nossos maratonistas ingressaram em um game nos estandes com prêmios, missões e muito networking. A maratona de apresentações e debates começou com a palestra sobre liderança do Paulo Leônidas, diretor de Warehouse e Transports da Heineken e presidente do Conselho do Inbrasc. Ele deu algumas dicas valiosas sobre como ser um líder de sucesso.

Para começo de conversa, a primeira coisa a ser feita é reavaliar criticamente as suas características enquanto líder. Segundo pesquisa, mais de 85% dos líderes se consideram grandes comunicadores e mestres em motivação de equipes, mas 70% das pessoas deixam as empresas por causa da falta de motivação e comunicação por parte de seus líderes.

Então fica a pergunta: será que você é tão bom quanto imagina?

Feita a autocrítica, outro elemento importante do bom líder é ter metas REAIS. Isso parece básico, mas para o Paulo, aqui nasce o problema de 90% das organizações. Para ele, a meta deve até ser difícil e desafiadora, mas FACTÍVEL.

A terceira dica, e não menos importante, é de que treinamento é DIFERENTE de desenvolvimento! Muitos gestores confundem o investimento de curto e longo prazo nos seus colaboradores. Uma coisa é treinar competências técnicas que faltam para o dia a dia, outra é pensar o funcionário como um todo na sua jornada profissional.

Debate sobre Logística Compartilhada. Da esquerda para a direita: João Fábio, COO da Beneficiência Portuguesa, Eduardo Calderon, diretor de cargas da GOL; Jorge Gallina, gerente de Supply Chain da GM; Wagner Moreira, gerente de Global Planning da Avon; Felipe Falleiros, gerente nacional de logística da Algar Agros; Mário Rezende, head de compras da DPA; Rodrigo Gonçalves, diretor de logística da Fertilizantes Tocantins e Alex Leite, diretor educacional da Live University.

E a Logística Compartilhada: Por que não?

Passado o momento de liderança, a programação avançou com um debate quentíssimo sobre logística compartilhada. Colocamos dois grupos de executivos, um a favor e outro contra, para discutirem o tema.

Mas não foi só de discordâncias que foi feito o embate. Pelo menos em um ponto os dois lados concordaram. Para dar certo, ambos os parceiros da colaboração tem que ter performance muito boa. Houve até quem defendeu que compartilhar logística é que nem casamento!

LADO CONTRA: Para o diretor de cargas da Gol, Eduardo Calderon, a ideia de logística compartilhada é interessante, mas só funciona mesmo quando há muita ociosidade na operação. “Se o mercado der uma virada para melhor com muita rapidez, quem vai sair? Você ou ele? Aí a economia foi para o saco.”

Para o João Fabio, COO da Beneficência Portuguesa, o grande perigo de compartilhar é que você busca diminuir custo, mas acaba diminuindo nível de serviço ao longo do caminho. E há também o problema de quais as informações você pode realmente confiar ao parceiro. “Até onde você divide sua informação para que aquele operador faça um acompanhamento e dê o nível de serviço que você quer?”

LADO PRÓ: O Rodrigo Gonçalves, diretor de Logística da Fertilizantes Tocantins, respondeu a essa provocação. “Nível de serviço é importante, mas não pode ser o único drive, senão vamos ter uma logística muito cara”.

Para ele, o compartilhamento deve ser feito porque acaba beneficiando os produtores no lugar dos transportadores. “O transportador quer ir cheio e voltar cheio, e na maioria das vezes ele consegue, mas a margem fica com ele. Com o compartilhamento nós conseguimos oferecer a ida e a volta.”

LADO CONTRA: Voltando ao problema do nível de serviço, o gerente de Supply Chain da General Motors, Jorge Gallina,colocou um ponto interessante. Se duas empresas estão usando o mesmo fornecedor, quem é o responsável pela cobrança e pelo nível de entrega dele? “No mundo romântico é perfeito, até que surge um problema e a casa cai”, alertou.

Balançados os pontos positivos e negativos, o clima geral do debate foi que o compartilhamento pode fazer sentido, mas é preciso um estudo minucioso de cada caso em cada cadeia para se chegar a uma fórmula viável. Dentre os presentes, houve quem já registrou corte de custos de até 13%, já outros tentaram e acabaram com prejuízo.

Painel sobre os desafios da implantação do Omnichannel. Da esquerda para a direita: Ricardo Rodrigues, diretor de logística do Magazine Luiza; Aline Kolesnik, diretora de distribuição da Ricardo Eletro; Pedro Rovida, head de supply chain da Amway; Marcos Luppe, cofundador do Oasis Lab.

Supply Chain em 2030: Será que dá para imaginar?

Foi esse o tema da nossa palestrante internacional Lora Cecere, fundadora e CEO da Supply Chain Insights. Com mais de 35 anos de experiência na área de Supply Chain, ela mostrou quais são as tendências para a próxima década.

E não se trata de futurismo, a aplicação das tecnologias pode começar já!

Para ela, uma das primeiras coisas que o profissional de supply precisa ter em mente é que transformação digital NÃO É o mesmo que digitalizar processos.

“A digitalização é apenas turbinar os velhos processos. Temos que olhar para as novas tecnologias e reimaginar como podem ficar as novas cadeias de Supply. Desafiem as fundações das operações. Voltem para o escritório e pensem nas fundações das operações. Não é apenas deixar mais eficiente, é repensar o sistema.”

Ela apresentou pesquisa que mostra que 35% companhias só aborda uma nova tecnologia depois de vários outros players conseguirem ter êxito. E ela dá uma fórmula para superar esse cenário: é preciso olhar para o passado, aprender, depois desaprender, para então reaprender.

É, inovar não é moleza.

Dentre os vários tipos de tecnologia que têm surgido, ela aponta quais as que mais devem ter impacto sobre o supply chain: Blockchain, sensores, streaming data (Iot), cognitive computing, wearables, impressão 3D e robótica.

Mas antes de experimentar cada uma delas, há ainda uma reflexão mais básica a se fazer, segundo a Lora.

É preciso decidir se queremos uma supply chain eficiente ou efetiva. Para ela, não adiantar focar o tempo todo na eficiência e em cortar custos porque esses avanços normalmente vêm acompanhados de perda na efetividade. Será que queremos escolhas baratas ou também conscientes? Fica a dica.

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