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Qual será o futuro da TI nas empresas? Confira o que pensam os profissionais da área!

A tecnologia não está apenas ao alcance de todos, como é uma necessidade para todos. A transformação digital está fazendo com que, por exemplo, seja cada vez mais comum e importante que o RH trabalhe com dados, que a área tributária conheça blockchain ou que a inteligência artificial ajude na rotina do supply chain.

Essa necessidade de conhecimento tecnológico mais avançado tem resultado em dois fenômenos: a carência de profissionais qualificados e uma sinergia maior entre a TI, onde estão as pessoas que entendem mesmo do assunto, e as outras áreas.

A tendência é que os profissionais de TI se distribuam pelos diversos setores das empresas? Qual será o seu papel num cenário em que todos precisam entender de tecnologia? Fizemos essas perguntas para três especialistas para conhecer seus pontos de vista a respeito do futuro da TI no mundo corporativo. Confira!

Está mais difícil encontrar profissionais especializados em tecnologia?

Rafael Rodriguez (Coordenador de Infra de TI na S.Magalhães/Essemaga) - Sim. A cada dia que passa é mais difícil encontrar pessoas especializadas.

Rodrigo Parisotto (Executivo de TI e Digital na Via Varejo) - Para algumas tecnologias exponenciais sim, por conta da velocidade que muda essas arquiteturas. É muito difícil ter bons profissionais em todas especializações. Mas acredito que o modelo startup  ajuda na escala.

Thiago Dantas (COO e Fundador da Vulpi) - Cada dia fica mais difícil encontrar profissionais para atender toda a demanda. Cada dia ela aumenta mais e a formação de profissionais não acompanha a velocidade. Hoje, a gente tem quatro vagas para cada bom profissional. Por isso que contamos com tecnologia de inteligência artificial, justamente para acelerar esse processo e conseguir filtrar essas pessoas.

Os desenvolvedores de software têm uma peculiaridade que é o trabalho real em comunidade. Eles contribuem, eles participam. Hoje, um candidato recebe um assédio muito grande de oportunidades. Ele não está aparecendo e se candidatando tanto nos processos. Cada dia mais a gente tem que rastrear essas pessoas para convidá-las para o nosso processo seletivo, apresentar boas empresas para elas e driblar esse mar de vagas que cai sobre elas todos os dias.

Qual será o papel da TI num cenário em que conhecer tecnologia é essencial para todas as áreas?

Rafael Rodriguez - Acredito que hoje o papel da TI já é fundamental para qualquer setor da empresa. Todos recorrem à TI quando precisam automatizar algo, reduzir custo de alguma forma, conhecer novos recursos para estatísticas, etc...

Rodrigo Parisotto - TI sempre será o meio e o curador dessas novas tendências. Inovar é um processo colaborarivo e participativo entre as áreas de negócio, mas quem irá cuidar de toda essa governança é a TI.

Thiago Dantas - Eu acho que a TI nem tem tanto papel assim. Teria mais na parte de interface de usuário, de deixar as coisas mais fluídas, de deixar a usabilidade mais fácil e mais intuitiva em tudo que a gente usa, uma vez que nós temos que interagir cada vez mais com dispositivos, com interfaces.

Cada dia mais as pessoas vão crescendo com isso e aprendendo a lidar com as novas tecnologias. O papel da TI é deixar as coisas mais fluidas, mais intuitivas para que o usuário tenha mais facilidade e organização na utilização daquela configuração.

Este cenário fará com que a equipe de TI se distribua pela empresa?

Rafael Rodriguez - Do jeito que a tecnologia caminha, ou teremos a TI distribuída pela empresa, com o profissional de TI especializado no departamento ao qual ele estará anexado, ou então teremos profissionais das diversas áreas, especializados em TI. A TI não será mais um departamento, mas sim algo orgânico na empresa.

Rodrigo Parisotto - Com esse cenário , acredito que a TI fará parte de um produto/squad, e com isso alguns profissionais serão tendências auto-gerenciáveis,  portados de comportamentos de confiança.

Thiago Dantas - Cada dia mais novas especialidades, novas profissões, novos cargos exigem o domínio e a compreensão de tecnologia. Seja para um analista de negócio que começa a entender de análise de dados, a fazer algumas atividades com banco de dados ou linguagem de programação que antes ele não fazia.

A TI, de fato, não vai ser distribuída pela empresa, mas o uso de tecnologia, o uso de ferramentas cada dia mais digitais, as necessidades de entendimento de volume de dados, a necessidade de interação em bancos de dados vão exigir cada vez mais novas profissões, novas funções, novas responsabilidades dentro daquele sistema, daquela organização que exijam o conhecimento. Cada dia mais as pessoas vão ter que ter essas habilidades.

O que o profissional de TI precisará ter no currículo para continuar sendo a referência em tecnologia nas empresas?

Rafael Rodriguez - Eu destacaria o amplo domínio da área que irá atuar; capacidade para análise de dados; conhecimentos em robótica e automatização; ter relacionamento estreito com a inovação e ter conhecimentos avançados em ambientes digitais.  Se o profissional conseguir atender algum desses requisitos, já estará indo pelo caminho certo.

Rodrigo Parisotto - Acho que comportamentos: humanístico, empatia, atitude, colaboração e espírito transformador.

Thiago Dantas - O profissional de tecnologia vai precisar ter cada vez mais capacidade de comunicação e preocupação com o usuário para que ele seja a referência nas empresas. Por mais que as pessoas estejam aprendendo sobre tecnologia nas suas atividades, ele vai precisar cada vez mais se comunicar, entender de pessoas. Está muito evidente que todo tipo de profissional vai precisar entender de pessoas. O mundo é feito de pessoas, as empresas são feitas de pessoas.

 

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