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Aprenda a selecionar os fornecedores ideais para sua empresa

Está na dúvida de qual fornecedor escolher? A gente te ajuda!

Manhã de um dia qualquer. Enquanto toma seu café, você abre o jornal e se depara com a manchete: “Mercado: Brasil trabalha com nível de serviço do fornecedor em 99%”. O que acontece depois? Você cai da cama, é claro.

Atualmente com nível de serviço abaixo da média (na casa dos 70%), infelizmente, este sonho está longe de se tornar realidade. Com esse dado, não é difícil constatar que as crises mais frequentes da cadeia de suprimento estão no não atendimento da necessidade de insumos por parte do fornecedor.

Falta de capacidade produtiva e interrupções por falha – ou quebra – de equipamentos são algumas das crises mais decorrentes as quais Luciano Alves, Diretor de Planejamento Supply Chain na Coca-Cola FEMSA, já vivenciou. A experiência permitiu que algumas soluções fossem pensadas a fim de minimizar os problemas causados pelo baixo nível de serviço do fornecedor: “A forma mais rápida e possível de contenção é ter alternativas viáveis de outros fornecedores do insumo em questão para poder suprir suas necessidades nestas situações de crise. Atualmente possuímos, para a maioria de nossos insumos críticos, mais de um fornecedor, a fim de não ficarmos presos a apenas uma empresa e acabarmos sem alternativas em casos emergenciais”.

No entanto, um número maior de fornecedores nem sempre é o suficiente para livrá-lo das possíveis dores de cabeça do setor. E então vale a pergunta: “Como, então, diminuir os riscos?” A resposta é simples: Aprendendo a identificar os fornecedores ideais para seu negócio.

AHP – A solução matemática para seus problemas

“Conhece a matemática e dominarás o mundo”, dizia o físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano, Galileu Galilei. Quase 400 anos após sua morte – 375, para ser mais exata - a frase tem ainda mais poder. A matemática está em todos os lugares. Boa parte das atividades do dia a dia – sejam elas profissionais ou pessoais - envolvem números e cálculos.

Thomas Saaty, matemático estado-unidense, professor da Universidade de Pittsburgh, seguiu a linha de raciocínio de Galileu e de muitos outros gênios da ciência e criou, unindo matemática e psicologia, um método para auxiliar as pessoas na tomada de decisões complexas: o AHP – Analytic Hierarchy Process.

Criado na década de 70, o AHP tem sido estudado e aprimorado desde então. Trata-se de uma metodologia que permite construir – de forma abrangente e racional - um ranking/priorização de determinado conjunto de elementos. Ele é capaz de considerar, simultaneamente, atributos quantitativos e qualitativos em sua análise, ao mesmo tempo em que incorpora a experiência e a preferência dos tomadores de decisão.

O diferencial do AHP pode ser encontrado em sua essência: o julgamento humano. Formado não apenas por dados concretos, o método converte o subjetivismo dos julgamentos em valores numéricos que podem ser processados e comparados sobre toda a extensão do problema.

O AHP é mundialmente utilizado em uma ampla variedade de decisões para diversos setores, tais como governo, negócios, indústria, saúde e educação.

Falando de negócios, o método tem sido altamente pautado em decisões críticas, dentre elas, a seleção de fornecedores. Segundo a professora do Inbrasc, Debora Michelassi, a utilização do AHP na escolha de fornecedores é altamente recomendável: “A seleção de fornecedores é um processo que envolve diversas variáveis, como, por exemplo, capacidade produtiva, TCO (custo total), qualidade de serviços e produtos, saúde financeira, capacidade de inovação, etc. Diante disso, o AHP é capaz de determinar quais fornecedores priorizar a partir de seus atributos mais importantes”.

Mas o que me garante a eficácia deste método? A professora afirma que “a eficácia do AHP é diretamente proporcional ao nível de envolvimento de toda a empresa, tanto na definição de critérios, quanto ao peso atribuído a cada um deles. Quando bem feito e estruturado, o processo tem alta aderência às necessidades e traz resultados muito satisfatórios”.

AHP e a seleção de fornecedores na prática

O Processo de Análise Hierárquica pode ser dividido em 5 passos: Definição do problema, definição de critérios, classificação de cada alternativa, classificação de cada critério e análise do resultado final.

Definição do Problema e Critérios

De acordo com Debora, os dois primeiros passos são considerados os mais críticos para a obtenção de bons resultados: “A definição do escopo e dos critérios determinam o problema a ser resolvido e quais os atributos que mais necessitamos e valorizamos no momento do negócio”.

Na Definição do Problema, esteja ciente dos valores do tomador de decisão. Caso isso não ocorra, pode-se identificar o escopo errado, chegando a uma solução inapropriada para o problema de decisão estudado.

No caso da Definição de Critérios, levante junto aos stakeholders (clientes internos e tomadores de decisão) quais são os principais fatores a se considerar. Debora afirma que você deve ter uma excelente visão do negócio ao identificar quais são os aspectos que mais impactam no momento de mercado: “As necessidades variam de tempos em tempos, pois o mercado muda e novos desafios aparecem para as empresas. Por isso, estar atualizado sobre estes desafios e fazer a tradução deles para quais atributos precisamos nos fornecedores é fator chave para o sucesso”.

Saaty (1980) recomenda que os critérios não sejam mais do que 9, sendo recomendado de 3 a 7 critérios para que o resultado do método seja consistente.

Classificação de cada Alternativa e Critérios

Na Classificação de cada Alternativa, após definir as hierarquias, deve-se fazer a comparação par a par de cada elemento no nível hierárquico, criando-se, assim, uma matriz de decisão quadrada. Após obter o vetor de prioridades ou de impacto das alternativas sob cada critério, continua-se com o nível dos critérios.

Na Classificação de cada Critério, deve-se construir uma matriz de comparação dos critérios e então, repetir a classificação par a par. Como resultado, será obtido um vetor que contém a média de cada critério.

Análise do Resultado Final

A fim de obter o resultado final, multiplique a matriz de preferências pelo vetor da média obtido na matriz de comparação de critérios. O resultado será um vetor que contém a qualificação final de cada alternativa.

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