Diferente de outras administrações tributárias, a Receita Federal sempre assume, dentro do que é possível, uma posição de transparência, mostrando os pontos de atenção e as principais diretrizes de fiscalização. Essa prática, traz para as empresas diversas reflexões, trazendo medidas importantes de adequação que deverão ser trabalhadas.
O Plano Anual de Fiscalização é uma dessas iniciativas, que promovem a autorregularização e a conformação à legislação tributária, além de apontar tendências do setor. “Nos últimos dois anos, a maior ênfase é sobre o aperfeiçoamento do cruzamento de informações”, afirma Tatiane Martins, Gerente de Tributos Diretos, Contencioso e Paralegal, Dia Brasil.
A necessidade de um Planejamento Estratégico
Para os profissionais da área, o foco está no monitoramento dos grandes contribuintes, que representam cerca de 60% da arrecadação total. Isso traz uma demanda adicional às que já são exigidas. Apesar da Receita Federal ter avançado bastante no uso da tecnologia para esse monitoramento, ainda não há um planejamento estratégico na criação das obrigações acessórias e nos cruzamentos de informações.
Muitas vezes os novos padrões adotados exigem uma mudança completa no sistema de trabalho das equipes, e após toda a adequação, não há uma melhora significativa no processo. “É preciso entender que toda essa criação sem um planejamento estratégico traz um custo alto para empresa, que precisa ter algum sentido”, explica Silvia Tomazette, Head of Taxes, Volkswagen do Brasil. Esse ciclo de frustração, muitas vezes afeta o profissional de tax, que fica sem argumentos para justificar os investimentos que muitas vezes são necessários.
Por outro lado, ignorar esses movimentos pode trazer graves consequências, a partir do momento em que uma mudança é adotada e a empresa não corre atrás para se adequar no tempo hábil.
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